segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Xanas e cia.

Quantas xanas você conhece?
1) partes pudendas das mulheres
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2) planície, baixada
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3) ... Motors, montadora chinesa de automóveis
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4) ... Masson, goleira da seleção brasileira feminina de handebol no Pan 2007 e nas Olimpíadas 2008
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5) personagem da Marvel Comics, esposa de Ka-Zar
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6) pessoa embrigada; bêbado
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7) ... Moakler, miss EUA de 1995, Playmate do mês em 12/2001; modelo-atriz-cantora
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana Moakler; f) Xanna
8) ... Petrone, cantora country americana, intérprete de "Heaven Bound" e "This time"
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9) ... Crooks, cantora de pop/rock americana, gravou "Love & Misery" e "I'll be Your Scape"
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10) ... masala; ensopado paquistanês e do norte da Índia à base de grão-de-bico
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11) O ... do Bernardino, restaurante português de cozinha regional localizado em Redondo
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12) Gênero do peixe de respiração aérea conhecido como "snakehead"
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13) Personagem mitológico das Astúrias e de Leão (Espanha), parecida com uma fada
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14) Gênero fóssil de braquiópodo devoniano
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
15) Servo fiel ao príncipe Siddharta e seu condutor de carruagem
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
16) Certa linguagem de programação
a) CHANA; b) CHANNA; c) XANA; d) SHANNA; e) SHANA; f) XANNA
17) Programa de computador, vilão no desenho animado Code Lyoko
a) CHANA; b) CHANNA; c) XANA; d) SHANNA; e) SHANA; f) XANNA
18) Cidade paquistanesa, 33°12'N/70°13E
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna

Respostas:
1-a; 2-a; 3-a; 4-a; 5-d; 6-a; 7-d; 8-e; 9-d; 10-a; 11-a; 12-b; 13-c; 14-c; 15-b; 16-c; 17-c; 18-e

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Saída de Nassif da Folha v. 2.1/5.0

Provavelmente acabarei bancando o inocente útil para algum lado (se não todos) ao me meter nesse briga de cachorro grande.

A história do imbróglio pode, creio, ser resumida assim:
- Nassif publica artigo em sua coluna na Folha, na qual critica Mainardi por abrir off de um deputado a respeito do Mensalão.
- Mainardi publica coluna na Veja criticando Nassif e acusando-o de reproduzir sem mencionar autoria texto de outra pessoa (Luís Roberto de Marco).
- Nassif sai da Folha. Publica em seu blog uma série de textos críticos (muito críticos) a respeito das ações da Veja e alguns jornalistas.
- Reinaldo Azevedo publica em seu blog na Veja, sem mencionar nomes, que Nassif foi demitido da Folha por aceitar dinheiro (suborno) de empreiteiras. (v. 1.0)
- Otavio Frias Filho em entrevista ao portal Imprensa diz que a saída de Nassif foi em função da reformulação periódica do jornal e que desconhece fatos desabonadores sobre a vida profissional do jornalista. (v. 2.0)
- Leonardo Attuch publica artigo no Comunique-se dizendo que Nassif foi demitido da Folha por causa da coluna de Marnardi sobre Nassif ter usado texto de outra pessoa. (v. 3.0)
- Mainardi publica coluna na Veja dizendo que Nassif foi demitido da Folha por usar a coluna no jornal para tentar achacar o governo de Alckmin. Escreve ainda que, em conversa com o diretor da Folha, Otavio Frias Filho, este havia confirmado. (v. 4.0)

À época que essa coluna de Mainardi saiu, ocorreu o falecimento da esposa de Otavio Frias Filho (pouco depois da morte do pai dele), tendo eu enviado um email ao ombudsman do jornal, o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, este retornou dizendo que também tentara contatar Frias para comentar a acusação, mas que ele estava afastado e incomunicável. Recentemente, tornei a contatar o ombudsman sobre o tema. Ele repassou a pergunta para a direção do jornal e obtive a resposta abaixo:

"Não confirmo o que afirmou Diogo Mainardi na passagem em questão. Limitei-me a dizer a esse colunista, que me dirigiu na época perguntas a respeito, que a substituição da coluna de Luís Nassif na Folha deveu-se a vários motivos. Um desses motivos, assinalei, eram indícios de que o colunista não estava sendo suficientemente cuidadoso ao separar sua atividade como colunista de sua atividade à frente da agência Dinheiro Vivo." (v. 2.1 ou v. 5.0, já que tem diferenças importantes em relação à v. 2.0)

Bem, cada qual poderá interpretar a reposta de Otavio Frias Filho do modo que lhe for mais conveniente. A minha interpretação é, somada à resposta primeira de Frias ao portal Imprensa, que a direção da Folha perdeu a confiança em Nassif, mas não que tenha visto alguma irregularidade criminal (v. 6.0?). (Claro, se eu fosse jornalista insistiria em esclarecer o que significa exatamente "não ser suficientemente cuidadoso". De minha parte, porém, dou-me por satisfeito: até prova em contrário, não houve nada demais.)

Upidêite: 23 de outubro de 2008. Nassif solicitou cópia do email com a resposta de Frias Filho. Atendi e enviei com "CC" à Folha para maior transparência. Minha torcida, claro, é para que tudo se esclareça a contento.

Upidêite 2: 03 de dezembro de 2008.
Luis Nassif comenta (25/11) mais sobre a questão.
Reinaldo Azevedo comenta (25/11) mais sobre a questão.
Eu (03/12) publico a íntegra do teor dos emails que troquei com o ombudsman da Folha.

Sla. Ma che?

O Terra Magazine traz uma reportagem interessante sobre o drama do ex-jogador de futebol Stefano Borgonovo e sua luta contra a esclerose lateral amiotrófica, a mesma que acomete o físico Stephen Hawking.

Destaco apenas um trecho que me pareceu estranho:
"O juiz Raffaele Guariniello, de Turim, especializado em inquéritos sobre o doping, está tentando responder a uma pergunta difícil: por que a incidência da ELA é muito mais alta entre os jogadores de futebol do que no resto da população italiana? A cada ano, na Itália a 'stronza' afeta 6 pessoas entre 100.000; mas em 10 anos 43 ex-jogadores adoeceram."

Se a taxa fosse igual à da população em geral, isso projetaria uma subpopulação de cerca de 720.000 jogadores. Mas segundo a Fifa, na Itália, há mais de 1,5 milhão de jogadores registrados, em um total de quase 5 milhões de jogadores de futebol na Velha Bota. Como assim, então, seria muito mais alta entre jogadores de futebol? Ao contrário, parece ser muito mais baixa!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Das pesquisas eleitorais

Muitas pessoas falando dos erros das previsões das pesquisas de boca-de-urna para o resultado do 1o turno das eleições municipais realizadas dia 5 de outubro último. Inclusive gente séria como Alberto Dines. E a chiadeira não é novidade, reaparece a cada eleição.

Algumas coisas têm cabimento nas ponderações feitas: pesquisa não é destino, há margem de erro e erro além da margem de erro. Eventualmente tem sim manipulações - embora empresas que dependem de sua credibilidade procurem cercar-se de cuidados na produção dos resultados.

Por simplificação, os institutos de pesquisa e as empresas de comunicação dão para cada pesquisa um único número de margem de erro: os valores de cada ponto podem estar acima ou abaixo do valor apontado dentro da margem de erro. Alguns detalham e indicam que a margem de erro significa que, se 100 pesquisas fossem feitas com a mesma metodologia e com as mesmas condições, em 95 delas os valores estariam dentro dessa margem de erro dada. Isso é simplificação - na verdade cada ponto tem sua própria margem de erro, mas explicar isso pode demandar tempo demais ou espaço demais em um telejornal ou em um jornal impresso. Simplificado o quanto seja, isso não está tão longe assim da realidade. Aqui uma explicação mais detalhada.

Mas será mesmo que os institutos de pesquisa erraram? O caso mais comentado é o resultado do 1o turno em São Paulo. Na pesquisa de boca-de-urna do Ibope, Marta (PT) aparecia com 36% e Kassab (DEM), com 32%. No resultado oficial, Kassab ficou com 34% e Marta com 32%. Como pode isso?

Vamos observar a tabela com os resultados das pesquisas de boca-de-urna do Ibope com o resultado final computados pelo TSE:

Cidade Candidato (partido) previsão resultado
Belo Horizonte - MG Márcio Lacerda (PSB) 45% 44%
m.e. 3% Leonardo Quintão (PMDB) 38% 41%




São Paulo - SP Marta (PT) 36% 33%
m.e. 2% Kassab (DEM) 32% 34%

Alckmin (PSDB) 21% 22%




Rio de Janeiro - RJ Eduardo Paes (PMDB) 33% 32%
m.e. 2% Fernando Gabeira (PV) 23% 26%

Marcelo Crivella (PRB) 20% 19%




Florianópolis - SC Dário (PMDB) 43% 40%
m.e. 3% Espiridião Amin (PP) 23% 25%




Porto Alegre - RS José Fogaça (PMDB) 39% 44%
m.e. 2% Maria do Rosário (PT) 23% 23%

Manuela D'Ávila (PCdoB) 19% 15%




Belém - PA Duciomar Costa (PTB) 33% 35%
m.e. 2% José Priante (PMDB) 21% 19%

Mário Cardoso (PT) 19% 18%




Recife - PE João da Costa (PT) 54% 52%
m.e. 2% Mendonça Filho (DEM) 24% 25%




Curitiba - PR Beto Richa (PSDB) 78% 77%
m.e. 2% Gleisi (PT) 19% 18%




Salvador - BA João Henrique (PMDB) 31% 31%
m.e. 2% Walter Pinheiro (PT) 31% 30%

ACM Neto (DEM) 27% 27%




Fortaleza - CE Luizianne Lins (PT) 53% 50%
m.e. 2% Moroni (DEM) 25% 25%

Patricia (PDT) 15% 15%


Apenas quatro entradas (de 26) da tabela ficaram fora da margem de erro. Por uma proporção simplória de 5%, seriam esperadas 1,3 entradas fora da margem, mas pelo pequeno número de entradas, é possível haver esse desvio sem maiores problemas. A coisa começaria a ficar ruim se, por exemplo, 30 entradas de 260 estivessem fora. (Essa análise é simplória, pois, entre outras coisas, está a considerar a margem única divulgada nas pesquisas.)

Mas os resultados batem com quem vence no 1o turno e quem vai para o 2o. A única inversão na ordem é o caso de São Paulo que causou muita celeuma. Porém, se compararmos os números, Kassab, Marta e Alckmin tiveram votações compatíveis com os resultados da boca-de-urna: Kassab teve 34% e a pesquisa indicava que ele teria entre 30 e 34%. Marta teve 33%, não muito longe da margem estimada entre 34 e 38%. Alckmin com seus 22%, está bem dentro da faixa de 19 a 23%. Isso para uma taxa de acerto de 95%. É perfeitamente possível que os valores fiquem fora da margem - ficando complicado apenas quando fica muito fora ou muitas entradas ficam fora.

O que é surpreendente é, na verdade, o grande grau de aproximação entre a estimativa e o resultado final. Especialmente quando temos em mente que os entrevistados não têm obrigação alguma de dizer a verdade e revelar seu voto (cujo sigilo é um direito constitucional).

A proximidade entre os resultados da pesquisa e a totalização indica também que é pouco provável que tenha havido manipulação direta: tanto na pesquisa, quanto no processo eleitoral.

Há quem classifique a possibilidade de influência do resultado da pesquisa sobre o voto como manipulação - a respeitável opinião de Dines se aproxima disso. Eu discordo, se a pessoa deseja votar em quem está a frente, é direito dela.